Principais sinais e sintomas

Você sabe quais são os principais sinais e sintomas de uma pessoa com linfoma?

Os sinais e sintomas dos linfomas podem variar muito. Como eu comentei no post de ontem, os linfomas podem ocorrer em adultos e crianças, e até mesmo em cachorros. Mas os principais sinais e sintomas que levam a suspeita de que se possa estar com linfoma são:

1) O caroço no pescoço é um deles. São os gânglios linfáticos que todos nós possuímos, mas que nos pacientes com linfoma podem estar aumentados pela doença. E o pescoço é um local que facilmente as pessoas percebem aumento dos gânglios. Mas outros locais como as axilas e virilhas também podem apresentar aumento dos gânglios nos linfomas.

2) Febre, que as vezes ocorre mais no final do dia e não está relacionada a nenhuma infecção pode ser um sinal nos linfomas ⠀

3) perda de peso progressiva e sem relação com dietas ou outras doenças do sistema digestivo

4) suor excessivo e principalmente durante a noite, fazendo com que encharque a camisola ou pijama sendo as vezes necessário até trocar a roupa de cama

5) fraqueza intensa, que pode estar relacionada a anemia que ocorre em alguns casos e a febre

6) falta de ar, as vezes relacionada a um aumento dos gânglios dentro do tórax, ou a chamada agua entre as membranas que recobrem os pulmões chamadas de pleuras

7) inchaço nas pernas e nos braços, que podem ser devidos também ao aumento dos gânglios que estão comprimindo os vasos linfáticos e ocasionando o inchaço

8) coceira no corpo todo, não é muito comum, mas em até ¼ dos pacientes pode acontecer

9) perda do apetite, que pode ser devido a uma combinação de todos os fatores acima descritos

10) e ainda assim, tem pacientes que não tem outro sintoma a não ser um caroço ou no pescoço, na virilha ou nas axilas ⠀

Então se você ou alguém que você conhece tem algum dos sinais e sintomas que eu listei acima, procure um médico. Se for um especialista é ainda melhor. Um hematologista ou oncologista, que irá lhe dizer o que fazer, quais exames solicitar, conduzindo seu caso da melhor forma possível.

O que são os Linfomas?

Os linfomas são tumores malignos de células do tecido linfático. Os tecidos linfáticos, são componentes do Sistema Linfático que faz parte do sistema imunológico. O sistema imunológico é quem ajuda o nosso corpo a combater infecções e algumas doenças. Como o tecido linfático é encontrado em todo nosso corpo, o linfoma pode começar quase em qualquer lugar.

Os dois principais tipos de linfoma são linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin (LNH), que podem ocorrer tanto em adultos como em crianças.

Os linfomas não são tumores comuns. No Brasil por exemplo, segundo as ultimas estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), eles não se encontram nem entre os dez mais frequentes tumores entre homens e mulheres. Ainda assim a cada ano, cerca de 10.000 novos casos de linfoma são diagnosticados.

E entre os linfomas, os mais frequentes são os linfomas não-Hodgkin que se formam a partir de diferentes tipos de células (células B, células T, células NK). A grande maioria, quase 90% de todos os linfomas, são originados das células B. Os linfomas não-Hodgkin podem ser indolentes (ou seja de crescimento lento) ou podem ser agressivos (de crescimento rápido). Os tipos mais comuns de linfomas não-Hodgkin em adultos são o linfoma difuso de grandes células B (agressivo) e o linfoma folicular, que geralmente é indolente.

Já os linfomas de Hodgkin são bem menos frequentes, sendo o linfoma de Hodgkin tipo clássico o mais frequente. Por ano são esperados menos de 5000 novos casos de linfoma de Hodgkin no Brasil. Nesse tipo, existem células características grandes e anormais chamadas de células Reed-Sternberg. ⠀

O tratamento e a chance de uma cura de um linfoma, seja ele Hodgkin ou não-Hodgkin dependem muito do estágio e do tipo de linfoma. Mas uma grande maioria dos linfomas, com toda a evolução da medicina, é curável. ⠀

Obesidade e cancer – o que você sabe?

O que você sabe sobre obesidade, alto índice de massa corporal, diabetes e câncer?

Já sabemos que obesidade oferece riscos à saúde. Mas qual é a real ligação entre obesidade (e por conseguinte alto índice de massa corporal), diabetes e o risco de desenvolver câncer?

De acordo com Agência Internacional para Pesquisa do Câncer e o Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer existe uma associação de causa e efeito entre obesidade (isto é um alto índice de massa corporal) e 14 diferentes tipos de câncer incluindo câncer de mama, colon, vesícula, pâncreas, fígado, endométrio, ovário, estômago, tireóide, esôfago e mieloma múltiplo. .
Um novo estudo publicado na revista “The Lancet Diabetes & Endocrinology” avaliou a proporção de câncer atribuído a uma combinação de diabetes e obesidade e descobriu que 5,6% de todos as novos casos de câncer descobertos em 2012 no mundo (em torno de 790.000) foram atribuídos ao diabetes e a um alto índice de massa corporal como fatores de risco.

Se você está com peso acima do esperado para sua altura ou se você tem diabetes, procure seu médico e discuta quais são as opções para reverter esse quadro.

Estou com Linfoma….e agora?

Se você ou alguém próximo a você foi diagnosticado com Linfoma, calma. Há muito o que se informar antes de se apavorar com esse diagnóstico

Primeiro o Linfoma não é uma doença comum ela é considerada uma doença relativamente rara. E não é apenas uma única doença. Existem vários tipos de Linfomas. Linfomas agressivos e Linfomas chamados de indolentes ou pouco agressivos.

E a classificação deles é bem complicada. Até mesmo para nós médicos. E por essa razão a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem um sistema de classificação dos Linfomas que é baseado em uma série de fatores como por exemplo o tipo de célula que forma essa doença e como ela é microscopicamente.

Existem duas categorias principais:
🔺 Linfomas Hodgkin que caracteristicamente apresentam um tipo específico de célula chamada de “célula de Reed-Sternberg”

🔺 Linfomas Não Hodgkin que incluem um grupo bastante heterogêneo de tumores de células do sistema imune.

O importante saber é que um diagnóstico de Linfoma é feito sempre a partir de uma biópsia.

No próximo post irei discutir sobre cada um dos Linfomas. Se você se interessa por esse assunto fique ligado.

Fosfoetanolamina sintética – ponto final

PONTO FINAL: E não se fala mais nisso!

Comprovado cientificamente que é ineficaz. Vamos investir nossas energias e dinheiro em medicamentos e ações com eficácia e benefício para os nossos pacientes. .

E não se fala mais nisso! .

Em março deste ano, o Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) suspendeu a inclusão de novos participantes nos testes com fosfoetanolamina sintética em função da falta de comprovação da eficácia da substância no combate ao câncer.

O instituto apresentou o detalhamento dos resultados no 20° Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, realizado no Rio de Janeiro no final de outubro: de 73 pacientes com tumores sólidos avançados tratados com o produto em monoterapia, apenas um indivíduo obteve resposta parcial. .

Os dados do ensaio clínico tornaram-se alvo de questionamentos, e fazem parte dos tópicos em discussão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que investiga a liberação da substância no estado de São Paulo.

Fonte: @medscape #medscape

Tragedy, Perseverance, and Chance — The Story of CAR-T Therapy

Publicado no editorial da mais importante revista médica americana, a The New England Journal of Medicine, a Dra Lisa Rosenbaum – correspondente da renomada revista, faz um resumo dos difíceis e tortuosos caminhos percorridos pelos pesquisadores naquela que parece ser não só a mais promissora arma terapêutica no tratamento das Leucemias Linfóides Agudas refratárias em crianças e adultos até 25 anos, como também a de maior custo até hoje – U$ 497,000.00 por paciente!

E termina refletindo que “Não há um só jeito se se saber… mas enquanto observamos cuidadosamente cada paciente, é importante lembrar que os avanços terapêuticos são motivados muito mais de que só pelo dinheiro
– é a esperança, visão e perseverança de ambos os pacientes e os pesquisadores que fizeram isso conversa possível”