Fitoterapia e câncer

A Fitoterapia (do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal) é o estudo da utilização de plantas, ou misturas de extratos de plantas, para tratar doenças e promover a saúde.

🎋Muito comum na medicinal oriental, como a medicina chinesa, medicina tibetana ou a medicina ayurvédica (indiana). No entanto muitos medicamentos utilizados pela medicina ocidental, também chamada alopatia, são também derivadas de plantas

🌱Porém os profissionais que atuam com a Fitoterapia não extraem as substâncias vegetais da mesma forma como a indústria farmacêutica faz. Isso porque, acreditam que o medicamento funciona devido a um delicado equilíbrio químico de toda a planta, ou misturas de plantas, e não de um ingrediente ativo particular.

🍃É importante salientar no entanto, que o fato de se utilizar produtos naturais, não quer dizer que não existam efeitos colaterais ou até mesmo que não haja interação com outros medicamentos. ⠀

🌿Por isso se você é paciente de câncer é muito importante que você informe ao seu oncologista ou hematologista, se está fazendo uso de chás, ervas ou algum outro medicamento natural. Da mesma forma que seu terapeuta, fitoterapeuta ou medico que pratica medicina oriental também precisa ser informado das medicações utilizadas no tratamento oncológico.

Tabagismo e câncer

Estatísticas americanas, sugerem que o tabagismo causa cerca de 25% de todas as mortes de mulheres e homens entre 35 e 70 anos. E por isso o tabagismo é a principal causa evitável de mortalidade.

A maioria das mortes entre fumantes é decorrente de doenças cardiovasculares, respiratórias e de neoplasias malignas causadas pelo hábito do tabagismo.

Estudos demonstram que aquelas pessoas que nunca fumaram, tem uma probabilidade de sobrevida 2 vezes maior do que os fumantes. No entanto os adultos que deixam de fumar reduzem não só o risco de desenvolver doenças relacionadas ao tabaco, como também aumentam sua expectativa de vida e consequentemente, diminuem o risco de morte.

Quando um paciente deseja parar de fumar, o médico tem uma série de estratégias para auxiliar seu paciente na cessação do tabagismo:

* ajude o paciente com um planejamento realístico de abandono do tabagismo, definindo por exemplo uma data, preferencialmente em um período não muito distante como em 2 semanas

* forneça um aconselhamento prático, como considerar limitar ou mesmo abandonar o álcool enquanto deixa de fumar, já que o álcool pode levar a recaídas

* forneça suporte social e psicólogo durante o tratamento, incentivando o paciente a não desistir

* ajude o paciente a obter apoio social extra-tratamento, como por exemplo solicitando o apoio de amigos,
parceiros e cônjuges

* exceto em situações especiais, é recomendado o uso de drogas aprovadas para cessar o habito do tabagismo. Explique como esses medicamentos aumentam o sucesso de cessar o tabagismo e reduzem os sintomas de abstinência.

* Se disponível forneça materiais suplementares, como folders e acesso a grupos de suporte que orientem o paciente

O Instituto Nacional de Câncer possui o PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DO TABAGISMO.

Na página www.inca.gov.br/tabagismo você encontra maiores informações sobre o programa, e um mapa com as Secretarias Estaduais de Saúde e os respectivos coordenadores do Programa de Controle do Tabagismo em cada Estado.

Clique sobre o estado, é conheça quem é o coordenador do programa e se informe sobre locais e horários de atendimento. ⠀

Então! O que você está esperando? Pare de fumar!

Febre Amarela – quem tem câncer pode se vacinar?

✔️ Repost do @oncoguia de utilidade pública
⠀ ⠀
✔️ Especialmente voltado para pacientes oncológicos e hematológicos em tratamento. ⠀

✔️ Febre Amarela é assunto seríssimo. Mas a saúde dos nossos pacientes também.

✔️ Portanto fique de olho e veja se você se encaixa em uma dessas condições:
– Durante a quimioterapia: NÃO PODE
– Pacientes com alta da quimio há 6 meses: PODEM⠀
– Com alguns tipos de câncer como linfomas: NÃO PODEM ⠀

Mas e se você NÃO PUDER TOMAR A VACINA? O que fazer?

No meu caso como Oncologista e Hematologista, tenho vários pacientes em tratamento de quimioterapia, ou que recentemente terminaram o seu tratamento, ou ainda que estão em uso de drogas não quimioterápicas, mas que de alguma forma interferem com a imunidade do paciente – como o uso de anticorpos monoclonais ou o uso crônico de corticóides. E aí? Quais são as recomendações?

As recomendações são:

📌uso de repelentes em todas as áreas do corpo descobertas – e verifique as informações que estão disponíveis na bula do repelente para saber quantas horas. Os mais eficientes, a base de ICARIDINA consegue uma proteção contra os mosquitos por até 10 horas
📌uso de calças e camisas de mangas cumpridas
📌uso de telas para evitar a entrada de mosquitos dentro de casa
📌importante: o uso de repelentes considerados “naturais” ou mesmo os eletrônicos podem ser utilizados, mas não em detrimento das medidas acima descritas
📌e mais importante, se você está pensando em viajar, principalmente com a aproximação do Carnaval, reavalie se vale a pena se expor a um risco viajando para locais aonde há casos suspeitos de febre amarela ⠀

Portanto fique de olho nas notícias veiculadas principalmente pelos órgãos federais, estaduais e municipais de saúde, e suas recomendações.

Ainda tem dúvidas? Tire-as todas com o seu médico ou sua médica. ⠀

Linfoma é uma doença hereditária?

“Meu pai teve linfoma, será que eu também posso ter?”

A grande maioria dos pacientes que tiveram ou tem linfoma, não vão conseguir descobrir a exata causa do desenvolvimento de sua doença. ⠀

Quando o assunto é hereditariedade, ou seja, quando há alguma herança genética de pai para filho, ou para outro descendente, é ainda mais complexo.

Vários fatores têm sido associados a um risco aumentado de uma pessoa desenvolver um linfoma. ⠀

Mas não está claro o real papel que eles desempenham no desenvolvimento desta doença. ⠀
Os fatores de risco incluem:

1) idade – há um aumento do risco de desenvolver por exemplo linfomas não-hodgkin com o avançar da idade.

2) Infecções – como pelo vírus do HIV, da hepatite B, da hepatite C e até de algumas bactérias como o chamado H pylori que esta associado a alguns tipos de linfoma do estômago

3) Exposição a substâncias tóxicas – como trabalhadores rurais que ficam expostos a pesticidas, herbicidas, solventes e derivados de benzeno

4) Doenças que comprometem a imunidade – como algumas doenças raras, em que a pessoa nasce já com diminuição da imunidade, ou mesmo quando a imunidade baixa pelo uso de substâncias chamadas imunossupressoras (como em pacientes que foram submetidos a um transplante de rim ou fígado)

5) E em alguns casos pela herança genética. ⠀

✔️ Porém é muito importante que você saiba que a presença desses fatores de risco não significa que uma pessoa realmente vai desenvolver linfoma. ⠀

✔️ Na verdade, a maioria das pessoas com um ou mais desses fatores de risco nunca vai desenvolver um linfoma. ⠀

✔️ Até hoje não se desenvolveu um único exame que seja específico para ser detectar precocemente o linfoma. ⠀

✔️ Então se você tem um parente com linfoma, procure observar os sinais e sintomas que são mais frequentes nessa doença, e que eu expliquei no post anterior. ⠀
✔️ E se houver alguma suspeita, procure o seu médico, que é a pessoa certa para tirar todas as suas dúvidas

Principais sinais e sintomas

Você sabe quais são os principais sinais e sintomas de uma pessoa com linfoma?

Os sinais e sintomas dos linfomas podem variar muito. Como eu comentei no post de ontem, os linfomas podem ocorrer em adultos e crianças, e até mesmo em cachorros. Mas os principais sinais e sintomas que levam a suspeita de que se possa estar com linfoma são:

1) O caroço no pescoço é um deles. São os gânglios linfáticos que todos nós possuímos, mas que nos pacientes com linfoma podem estar aumentados pela doença. E o pescoço é um local que facilmente as pessoas percebem aumento dos gânglios. Mas outros locais como as axilas e virilhas também podem apresentar aumento dos gânglios nos linfomas.

2) Febre, que as vezes ocorre mais no final do dia e não está relacionada a nenhuma infecção pode ser um sinal nos linfomas ⠀

3) perda de peso progressiva e sem relação com dietas ou outras doenças do sistema digestivo

4) suor excessivo e principalmente durante a noite, fazendo com que encharque a camisola ou pijama sendo as vezes necessário até trocar a roupa de cama

5) fraqueza intensa, que pode estar relacionada a anemia que ocorre em alguns casos e a febre

6) falta de ar, as vezes relacionada a um aumento dos gânglios dentro do tórax, ou a chamada agua entre as membranas que recobrem os pulmões chamadas de pleuras

7) inchaço nas pernas e nos braços, que podem ser devidos também ao aumento dos gânglios que estão comprimindo os vasos linfáticos e ocasionando o inchaço

8) coceira no corpo todo, não é muito comum, mas em até ¼ dos pacientes pode acontecer

9) perda do apetite, que pode ser devido a uma combinação de todos os fatores acima descritos

10) e ainda assim, tem pacientes que não tem outro sintoma a não ser um caroço ou no pescoço, na virilha ou nas axilas ⠀

Então se você ou alguém que você conhece tem algum dos sinais e sintomas que eu listei acima, procure um médico. Se for um especialista é ainda melhor. Um hematologista ou oncologista, que irá lhe dizer o que fazer, quais exames solicitar, conduzindo seu caso da melhor forma possível.

O que são os Linfomas?

Os linfomas são tumores malignos de células do tecido linfático. Os tecidos linfáticos, são componentes do Sistema Linfático que faz parte do sistema imunológico. O sistema imunológico é quem ajuda o nosso corpo a combater infecções e algumas doenças. Como o tecido linfático é encontrado em todo nosso corpo, o linfoma pode começar quase em qualquer lugar.

Os dois principais tipos de linfoma são linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin (LNH), que podem ocorrer tanto em adultos como em crianças.

Os linfomas não são tumores comuns. No Brasil por exemplo, segundo as ultimas estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), eles não se encontram nem entre os dez mais frequentes tumores entre homens e mulheres. Ainda assim a cada ano, cerca de 10.000 novos casos de linfoma são diagnosticados.

E entre os linfomas, os mais frequentes são os linfomas não-Hodgkin que se formam a partir de diferentes tipos de células (células B, células T, células NK). A grande maioria, quase 90% de todos os linfomas, são originados das células B. Os linfomas não-Hodgkin podem ser indolentes (ou seja de crescimento lento) ou podem ser agressivos (de crescimento rápido). Os tipos mais comuns de linfomas não-Hodgkin em adultos são o linfoma difuso de grandes células B (agressivo) e o linfoma folicular, que geralmente é indolente.

Já os linfomas de Hodgkin são bem menos frequentes, sendo o linfoma de Hodgkin tipo clássico o mais frequente. Por ano são esperados menos de 5000 novos casos de linfoma de Hodgkin no Brasil. Nesse tipo, existem células características grandes e anormais chamadas de células Reed-Sternberg. ⠀

O tratamento e a chance de uma cura de um linfoma, seja ele Hodgkin ou não-Hodgkin dependem muito do estágio e do tipo de linfoma. Mas uma grande maioria dos linfomas, com toda a evolução da medicina, é curável. ⠀

Obesidade e cancer – o que você sabe?

O que você sabe sobre obesidade, alto índice de massa corporal, diabetes e câncer?

Já sabemos que obesidade oferece riscos à saúde. Mas qual é a real ligação entre obesidade (e por conseguinte alto índice de massa corporal), diabetes e o risco de desenvolver câncer?

De acordo com Agência Internacional para Pesquisa do Câncer e o Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer existe uma associação de causa e efeito entre obesidade (isto é um alto índice de massa corporal) e 14 diferentes tipos de câncer incluindo câncer de mama, colon, vesícula, pâncreas, fígado, endométrio, ovário, estômago, tireóide, esôfago e mieloma múltiplo. .
Um novo estudo publicado na revista “The Lancet Diabetes & Endocrinology” avaliou a proporção de câncer atribuído a uma combinação de diabetes e obesidade e descobriu que 5,6% de todos as novos casos de câncer descobertos em 2012 no mundo (em torno de 790.000) foram atribuídos ao diabetes e a um alto índice de massa corporal como fatores de risco.

Se você está com peso acima do esperado para sua altura ou se você tem diabetes, procure seu médico e discuta quais são as opções para reverter esse quadro.

Estou com Linfoma….e agora?

Se você ou alguém próximo a você foi diagnosticado com Linfoma, calma. Há muito o que se informar antes de se apavorar com esse diagnóstico

Primeiro o Linfoma não é uma doença comum ela é considerada uma doença relativamente rara. E não é apenas uma única doença. Existem vários tipos de Linfomas. Linfomas agressivos e Linfomas chamados de indolentes ou pouco agressivos.

E a classificação deles é bem complicada. Até mesmo para nós médicos. E por essa razão a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem um sistema de classificação dos Linfomas que é baseado em uma série de fatores como por exemplo o tipo de célula que forma essa doença e como ela é microscopicamente.

Existem duas categorias principais:
🔺 Linfomas Hodgkin que caracteristicamente apresentam um tipo específico de célula chamada de “célula de Reed-Sternberg”

🔺 Linfomas Não Hodgkin que incluem um grupo bastante heterogêneo de tumores de células do sistema imune.

O importante saber é que um diagnóstico de Linfoma é feito sempre a partir de uma biópsia.

No próximo post irei discutir sobre cada um dos Linfomas. Se você se interessa por esse assunto fique ligado.

Fosfoetanolamina sintética – ponto final

PONTO FINAL: E não se fala mais nisso!

Comprovado cientificamente que é ineficaz. Vamos investir nossas energias e dinheiro em medicamentos e ações com eficácia e benefício para os nossos pacientes. .

E não se fala mais nisso! .

Em março deste ano, o Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) suspendeu a inclusão de novos participantes nos testes com fosfoetanolamina sintética em função da falta de comprovação da eficácia da substância no combate ao câncer.

O instituto apresentou o detalhamento dos resultados no 20° Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, realizado no Rio de Janeiro no final de outubro: de 73 pacientes com tumores sólidos avançados tratados com o produto em monoterapia, apenas um indivíduo obteve resposta parcial. .

Os dados do ensaio clínico tornaram-se alvo de questionamentos, e fazem parte dos tópicos em discussão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que investiga a liberação da substância no estado de São Paulo.

Fonte: @medscape #medscape

Tragedy, Perseverance, and Chance — The Story of CAR-T Therapy

Publicado no editorial da mais importante revista médica americana, a The New England Journal of Medicine, a Dra Lisa Rosenbaum – correspondente da renomada revista, faz um resumo dos difíceis e tortuosos caminhos percorridos pelos pesquisadores naquela que parece ser não só a mais promissora arma terapêutica no tratamento das Leucemias Linfóides Agudas refratárias em crianças e adultos até 25 anos, como também a de maior custo até hoje – U$ 497,000.00 por paciente!

E termina refletindo que “Não há um só jeito se se saber… mas enquanto observamos cuidadosamente cada paciente, é importante lembrar que os avanços terapêuticos são motivados muito mais de que só pelo dinheiro
– é a esperança, visão e perseverança de ambos os pacientes e os pesquisadores que fizeram isso conversa possível”